Comunidades tradicionais atingidas pelo óleo precisam de segurança, saúde, alimentação, água e remediação ambiental
O derramamento de petróleo offshore que atingiu vários estados do litoral do Brasil por mais de 3 meses, é considerado um dos maiores desastres ambientais, econômicos e sociais da história do país, contaminando mais de 3000 km de costas e ameaçando a biodiversidade marinha, os meios de subsistência e saúde humana de uma das regiões mais belas do país.
Desde agosto, praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental foram afetados por manchas de até 800 m de extensão, a pequenos fragmentos de petróleo cru.
De acordo com o balanço divulgado dia 3 janeiro pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o número de localidades atingidas por óleo era de 998 em 130 municípios de 9 estados do Nordeste, e 2 do Sudeste: Espírito Santo e Rio de Janeiro. 527 localidades foram consideradas limpas e 471 localidades ainda apresentam fragmentos de óleo. Cada localidade equivale a uma área de até um quilômetro de extensão. O número de localidades continua aumentando, à medida em que praias desertas e ambientes de difícil acesso são inspecionados.
A presença de partículas de óleo nos ambientes exige um trabalho de difícil remoção e causa muitos impactos, sobretudo à fauna. O vazamento atingiu 15 unidades de conservação e teve impactos imensuráveis na vida selvagem e nos serviços ecossistêmicos que, de acordo com especialistas, podem durar mais de 2 décadas.
Muitos desses ecossistemas são importantes santuários de biodiversidade, como as camas de rodolitos (algas calcáreas). São 20 mil km² apenas no banco de Abrolhos – os mais extensos e abundantes habitats de carbonato de cálcio biogênico do Atlântico Sul, quiçá do mundo. As camas de rodolitos brasileiras ainda estão sendo pesquisadas. Mas estima-se que o derramamento de óleo no Brasil possa ter consequências globais, pelo papel biogeoquímico que os rodolitos desempenham no equilíbrio de carbono dos oceanos.
http://agencia.fapesp.br/brasil-tem-a-maior-area-de-rodolitos-do-mundo/15706/
Em dezembro de 2019, a Associação Brasileira de Combate ao Lixo no Mar (ABLM), a Coalizão pelo Clima – SP e o Sindicato dos Servidores da Cidade de São Paulo (Sindsep) formaram uma parceria para buscar apoio para custear materiais e ações no Território do Baixo Sul da Bahia, região compreendida entre os municípios de Valença e Maraú, na realização de operações de limpeza, proteção, análise e restauração de ambientes oleados; logística para distribuição de cestas básicas; e organização de pequenos sistemas agrícolas para garantir a segurança alimentar das comunidades pesqueiras artesanais e extrativistas dos mangues que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade devido ao desastre do óleo.
Abrace nossa causa!
Para saber mais: http://www.ablm.org.br/vakinha
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