Após quase 2 décadas de negociações a ONU estabelece marco legal histórico para conservação de áreas oceânicas.

Laboratório Marinho Futurístico localizado na Noruega

As áreas de proteção contra a pesca, a mineração e o tráfego marítimo vão passar de 1% para 30% até 2030.

No último dia 04 de março foi assinado um acordo histórico na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para proteger a biodiversidade dos oceanos, principalmente nas regiões de alto-mar, que correspondem a quase metade da superfície do Planeta. 

O objetivo do acordo é garantir que as práticas comerciais não prejudiquem as longas migrações de golfinhos, baleias, tartarugas marinhas e peixes. 

Além disso, o acordo estabelece a criação de um novo órgão para gerenciar a conservação da vida nos oceanos e regras para avaliar o impacto ambiental de atividades como a pesca, coleta de recursos genéticos marinhos e o turismo. 

Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza, 10% das espécies marinhas estão em risco de extinção. A mineração também tem sido uma grande preocupação de grupos de defesa ambiental, porque a atividade pode intoxicar a vida marinha, além de criar poluição sonora e a perda de biodiversidade.

Este acordo será fundamental para proteger a biodiversidade marinha em todo o mundo com impactos positivos sobre questões como o combate às mudanças climáticas e a garantia da segurança alimentar de milhões  de pessoas que necessitam dos recursos do mar para a sobrevivência.

Apesar do acordo ainda não estar formalmente adotado, pois ainda depende da análise e tradução para os seis idiomas oficiais da ONU, especialistas afirmam que este é um momento único para a preservação da vida marinha e uma grande vitória para a conservação da biodiversidade dos nossos oceanos.

Autora: Paula Kreimer

Revisão: Marlise Araújo 

Imagem: OSC Project

Fonte: G1, The Guardian, Draft agreement under the United Nations Convention on the Law of the Sea on the conservation and sustainable use of marine biological diversity of areas beyond national jurisdiction.

Para saber mais sobre o Acordo clique aqui e acesse o arquivo na íntegra.

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